Cosme e Damião eram gêmeos, médicos e missionários que curavam todo tipo de doença gratuitamente. Teriam começado na medicina aos 7 anos e curado muitas pessoas. Por isso, tornaram-se para a Igreja Católica, patronos dos médicos e farmacêuticos. Eles foram mártires que morreram por aceitar Jesus Cristo como o Salvador.
No sincretismo religioso, além de Cosme e Damião, as crianças podem ainda ser associados a São Crispim e São Crispiniano, os irmãos gêmeos de origem romana, que se converteram ao cristianismo na adolescência e tornaram-se os padroeiros dos sapateiros.
Na tradição Iorubá, Cosme e Damião são o Orixá Ibeji ou Ibejis, filhos gêmeos de Iansã e Xangô que foram criados por Oxum. Em outros itans (histórias mitológicas) Ibejis são filhos de Iemanjá e eles tiveram um irmão chamado Idoú ou Doum, por isso, nas representações sincréticas dos gêmeos, aparecem três irmãos, ao invés de dois. Os itans contam que eles tinham grandes poderes, inclusive de enganar a morte (icu). São crianças que adoram brincar mas são muito poderosos pois dominam a magia.
Simbolicamente, Ibejis representam a pureza, a inocência e a bondade. Suas vibrações são de muita alegria e harmonia. Os cultos africanos introduzidos pelos nagôs e bantos trouxeram ainda o conceito de transe infantil, denominado Erê (brincadeira), por isso alguns templos chamam as manifestações de espíritos infantis como Erês, ou simplemente Crianças.